Todos os anos, nes
sa época, levanto o mesmo questionamento: porquê comprar livros didáticos novos? Sou daquelas mães que compra livros usados, apaga e reaproveita. Pão-durismo? Não! Pena!
Oras, numa atualidade onde palavras como sustentabilidade, preservação, consumismo, desmatamento, enchem a boca da população, o que as escolas privadas, gráficas, editoras e papelarias estão fazendo para colaborar?
Os livros didáticos são ótimos, fonte muito boa para enriquecer o trabalho, diria mesmo que indispensáveis no dia-a-dia da sala de aula. São, na maioria, coloridos e atraentes aos olhos dos alunos que sentem-se mais estimulados à leitura e ao aprendizado. Principalmente quando inseridos num bom planejamento e orientados por um professor dedicado.
Mas, precisa jogar fora todo ano? Muda tanta coisa assim no mundo que requer sempre uma “nova edição”? Me parece que, na verdade é um “negócio” muito lucrativo para muita gente. Por isso mantém-se o desperdício.
Justiça seja feita ao MEC, que com o PNLD, Programa Nacional do Livro Didático, existente desde 1929, já em 1966 distribuiu 51 milhões de livros para os alunos brasileiros e vem dando continuidade desde então. Detalhe: servem aos estudantes durante 3 anos (apenas os do 1º ANO são repostos anualmente); as crianças não escrevem nos livros, fazem as atividades em cadernos. Claro que não é tão cômodo como fazer direto no livro, mas, é mais coerente.
Em 2005, segundo pesquisa da FGV, eram mais de 33 milhões de alunos matriculados no ensino fundamental privado. Se anualmente todos compram livros – português, matemática, ciências, história e geografia pelo menos, imagino o quanto circula de dinheiro e quantos são os “beneficiados”.
Para encerrar, fica como sugestão, a criação de CADERNOS DE EXERCÍCIOS, impressos em papel jornal que podem ser vendidos separadamente. Assim, ficam os livros, vão-se os exercícios!
Elaine Esmanhotto Bareta
Pedagoga
Nenhum comentário:
Postar um comentário