O evento, em caráter de “competição” – a premiação total é de R$ 7 mil –, é uma iniciativa do Clube do Choro de Curitiba e reuniu músicos de várias regiões do país além de Harvey Wainapel, norte-americano da Califórnia. Na sexta-feira será realizada a semifinal, com a participação de 12 selecionados. Cinco deles participam da grande final, no sábado.
“Antigamente a formação de um músico de choro dependia muito da transmissão oral do conhecimento. Hoje, há instituições sérias que promovem o estilo, como o Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba e algumas universidades espalhadas pelo país. Estamos vivendo a época acadêmica do choro,” explica o violonista e diretor artístico do festival João Egashira.
Talvez não fosse preciso, mas o objetivo principal do evento é incentivar a composição e o desenvolvimento do choro e popularizá-lo ainda mais. Para a mostra, foram considerados somente composições instrumentais, inéditas e próprias.
“O choro é um fenômeno que aconteceu por causa das rádios, porque havia rádios ligados em tudo quanto era lugar. Havia programas específicos do gênero, inclusive. Mas agora, o interesse é muito grande, mesmo sem esse tipo de mídia”, diz Egashira.
A comissão julgadora do evento é formada pelo compositor e flautista carioca Eduardo Neves, pelo bandolinista brasiliense Jorge Cardoso e pelo maestro e arranjador Vicente Ribeiro. Antes do trio anunciar os vencedores, entretanto, um privilégio: uma autêntica roda de choro se formará. Nela estará o clarinetista Nailor Azevedo, o Proveta. O paulista é líder da Banda Mantiqueira, um dos mais respeitados grupos instrumentais do país.
“Não há muito o que dizer, ele é fantástico. Tem uma formação muito rica porque o choro passou por sua infância”, completa Ega shira. Uma canja imperdível.
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