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segunda-feira, 19 de março de 2012

Câmara define hoje seu futuro

Gazeta do Povo, em 19/03/2012

Seis vereadores disputam um mandato-tampão da presidência do Legislativo Municipal. Quatro deles se comprometem em mudar a gestão 

Embora de 11 meses, o mandato-tampão da Câmara Municipal de Curitiba abre brecha para o início de uma mudança. Após 15 anos de comando de João Cláudio Derosso (PSDB), há consenso entre os candidatos à presidência de que a transparência é o caminho ideal para recuperar a imagem da Casa. Caíque Ferrante (PRP), Juliano Borghetti (PP), Professor Galdino (PSDB) e Paulo Salamuni (PV) firmaram compromisso de transformar o cenário. Vereador mais cotado para substituir Derosso, João do Suco (PSDB) não respondeu às perguntas da reportagem– assim como Dirceu Moreira (PSL). 

Entre as garantias estabelecidas, estão a demissão de comissionados, seguindo a determinação do Ministério Público; a adequação à Lei da Transparência (que prevê a publicação dos atos administrativos, despesas e funcionários); a divulgação correta de dados no Diário Oficial; a manutenção da atual chamada (que obriga os vereadores a estarem presentes no início e fim das sessões); e, por fim, a realização de uma auditoria para avaliar o período em que Derosso esteve na presidência.
O cientista político e professor da UFPR Fabrício Tomio considera o momento como oportuno pa­­ra as transformações prometidas pelos parlamentares. “A alternância da direção da Câmara per­­mite que a instituição seja mais transparente e mais favorável aos cidadãos, se adaptando a prin­­cípios constitucionais, como a economicidade”, diz. Para To­­mio, mesmo que dois candidatos não tenham respondido, as posições divulgadas indicam constrangimento dos demais parlamentares. “O tempo da mudança vai depender de quem assumir a presidência.”
Na avaliação de Luciana Veiga, a Câmara já deu o primeiro passo rumo à transparência ao proibir a reeleição da mesa executiva. O segundo será dado ao diminuir o número de cargos comissionados. “Teoricamente, o ambiente de corrupção é mais favorável quando há mais cargos comissionados em detrimento dos concursados. Em última instância, o comissionado deve favor a quem o indicou”, diz. Além disso, a manutenção de um grupo técnico contratado favorece o trabalho dos parlamentares. “Esse grupo técnico dá suporte aos vereadores.”
Candidato sem o apoio formal do partido, Professor Galdino pretende implantar dois conceitos na Câmara que podem mudar a forma como a população vê a Casa: “Transparência, no sentido de trazer a possibilidade e facilidade pa­­ra a população saber o que acon­­te­­ce na casa, e democracia, criando ferramentas de participação da sociedade nas atribuições da Câ­­mara Munici­pal”, afirma. Paulo Salamuni se­­gue raciocínio semelhante sobre o que pode ser feito para recuperar a imagem da Câ­­mara. “Credi­­bilidade política e pessoal, transparência, espírito pú­­blico e sinceridade.”
Borghetti, por outro lado, aposta no aumento da eficiência da Casa, diminuindo a concessão de títulos, honrarias e nomenclatura de ruas. De acordo com ele, é preciso “canalizar o dinheiro público e a energia dos vereadores em discussões importantes, como a realização de obras na cidade, melhorias no sistema viário e metas de proteção ao meio ambiente”, diz. Para Ferrante, se o trabalho dos vereadores representar a comunidade, os cidadãos vão perceber naturalmente a mudança.
Oposicionistas podem fazer chapa única
A confirmação das candidaturas só será feita no início da tarde de hoje. Alguns vereadores, caso de Juliano Borghetti (PP) e Caíque Ferrante (PRP), esperavam contar com o apoio de partidos independentes e parlamentares dissidentes da base.
No entanto, além dos dois, Paulo Salamuni (PV), candidato oficializado pela oposição, também disputa essas votos. Portanto, não está descartada uma união dos três parlamentares para diminuir a diferença para João do Suco (PSDB). Ele já conta com o apoio do seu partido, do DEM e do PSB. Dirceu Moreira (PSL) não desistiu da candidatura, mas, caso não participe da eleição, deve seguir o posicionamento da base do prefeito.
Sem apoio
Apesar de ter confirmado a candidatura no meio da semana, o presidente interino Sabino Picolo (DEM) afirma que não vai tentar ser o presidente pelos próximos 11 meses. “Nós aprovamos a não reeleição de quem está na mesa na Lei Orgânica. Eu acredito que posso começar essa mudança por mim mesmo, permitindo a alternância de poder”, diz. Se oficialmente a decisão serve de exemplo aos parlamentares, nos bastidores é explicada pela falta de apoio. Membro da base do prefeito, Picolo não conta com a sustentação do PSDB, que optou por lançar candidatura própria, com João do Suco, atual líder do prefeito da Casa. Após a saída de Derosso, o PSDB, que conta com 13 dos 38 parlamentares, perdeu seu posto na mesa executiva. Portanto, vários parlamentares da legenda, incluindo o líder na Casa, Emerson Prado, afirmaram que não apoiariam vereadores de outra legenda, mesmo que fossem da base do governo.
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Para ler mais acesse o link abaixo
http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/vereadores/conteudo.phtml?tl=1&id=1234973&tit=Camara-define-hoje-seu-futuro

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