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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Itaipu para e país vive blecaute

Gazeta do Povo, em 11/11/09

Tempestade que teria atingido linhas de transmissão seria responsável pelo desligamento da hidrelétrica. Apagão afetou nove estados e o Distrito Federal

Rogerio Waldrigues Galindo e Ricardo Marques de Medeiros, com agências

Uma tempestade que teria atingido linhas de transmissão de Furnas Centrais Elétricas, entre Ivaiporã, Norte do Paraná, e Tijuco Preto, no interior de São Paulo, causou um apagão em nove estados e no Distrito Federal na noite desta terça-feira (10). As linhas afetadas levavam para todo o país energia da Usina de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu – a segunda maior do mundo. A falha ocasionou o desligamento total da hidrelétrica, responsável por 20% da energia consumida no Brasil. A partir de 22h13, o blecaute foi notado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Mato Gros­­so do Sul, Mato Grosso, Pernam­­buco e no Distrito Fe­deral. A luz recomeçou a ser transmitida no início da madrugada de hoje.
O ministro das Minas e Ener­­gia, Edison Lobão, disse que o Paraguai também foi afetado. Por volta da 1 hora da madrugada de hoje, duas das cinco linhas de transmissão de Itaipu tinham voltado a funcionar.
Itaipu é responsável por fornecer 14 mil megawatts para o sistema elétrico nacional. O Ope­­rador Nacio­­nal do Sistema tentava descobrir também por que as usinas termoelétricas, que deveriam ter sido ativadas automaticamente para substituir Itaipu não foram capazes de resolver o problema.
De acordo com o diretor-geral bra­­sileiro de Itaipu, Jorge Samek, em entrevista à Gazeta do Povo, uma das possibilidades era a queda de todas as linhas de transmissão da usina. “Itaipu tem cinco li­­nhas de transmissão. Às vezes, cai uma. Mas dessa vez parece que po­­dem ter caído todas ao mesmo tem­­po, por causa do vento”, disse ele.
Segundo Samek, a usina é programada para desligar as turbinas quando ocorre a queda das linhas. “Cada linha desliga a turbina correspondente. Se caírem todas, para a usina”, disse. Para o diretor, embora essa fosse uma hipótese provável, ele preferia acreditar em um problema em uma das três subestações, já que a solução seria mais simples e mais rápida.
Em entrevista à tevê, de­­pois de falar com a Gazeta do Povo, Samek disse que o problema definitivamente não era de geração, e sim de transmissão. Também pouco depois da meia- noite, Lobão disse que Itaipu havia sido reenergizada e que faltava resolver o problema da transmissão.
Na noite desta terça, calculava-se que 800 cidades haviam sido afetadas. Em São Paulo, a Se­­cretaria de Estado da Segurança Pública convocou todos os policiais que estavam de folga para reforçar o policiamento, já que havia riscos de roubos e outros crimes.
Na capital paulista, o corte de energia pegou de surpresa quem voltava para casa. Congestio­­namentos se formaram pelas ruas da cidade. O comércio fechou as portas com medo de saques. Por volta da meia-noite, um sistema improvisado passou a funcionar e devolveu a luz por alguns minutos, mas logo em seguida, a escuridão voltou.
A aposentada Dalva Mar­ques, que mora no bairro do Brás, na capital paulista, estava assistindo à televisão quando ocorreu o apagão. “Apagou a luz, mas 10 minutos voltou. Estava vendo televisão e até informaram que tinha tido o apagão. Passou mais alguns mi­­nutos e voltou a apagar. A padaria e a pizzaria que fecham mais tarde perto de casa fecharam as portas”, contou.
O estado do Rio de Janeiro foi o mais afetado. Na capital, o problema prejudicou a circulação de veículos nas principais vias da cidade, como a Linha Amarela e Avenida Brasil, devido à falta de funcionamento da sinalização. Os elevadores dos prédios também estão prejudicados pela falta de eletricidade.
Em Curitiba, a energia chegou a faltar rapidamente, mas segundo a Copel não houve maiores problemas na cidade. Alguns bairros tiveram falta de energia elétrica, mas a companhia afirmou que não houve relação com o problema nacional, e sim com vendavais na própria cidade.


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